terça-feira, 31 de julho de 2007

A Ingmar Bergman...


Ingmar Bergman
«Ingmar Bergman, onde quer se encontre, e mesmo que nunca o saiba, quero agora dizer-lhe o quanto sempre o admirei: muito! E se o digo para o "espaço" é porque lhe quero prestar homenagem. Uma muito simples, mas com toda a reverência de que sou capaz.
Descobri consigo a expressão mais perfeita do indizível. Saiba que partilho, na minha forma simples de existir, de toda a sua inquietação existencial. A diferença entre nós é que em si brilhou a genialidade, o talento e a grandiosidade intelectual e artística. Fui uma privilegiada pelo facto de ter tido oportunidade de conhecer um pouco da sua obra imensa e magnífica.
Vi muitos filmes seus, mas revelo agora a minha preferência. Ela resultou de muitas circunstâncias. Na verdade, ela tem a marca da afectividade.
O mundo não seria o mesmo e seria certamente muito mais "fonte de tédio" se o Ingmar Bergman não tivesse passado por aqui!»

Cito para Bergman:
"Quero acabar entre rosas, porque as amei na infância.
Os crisântemos de depois, desfolhei-os a frio.

Falem pouco, devagar.
Que eu não oiça, sobretudo com o pensamento.
O que quis? Tenho as mãos vazias,
Crispadas flebilmente sobre a colcha longínqua,
O que pensei? Tenho a boca seca, abstracta.
O que vivi? Era tão bom dormir!"
Álvaro de Campos

O meu Bergman preferido:



Through a Glass Darkly



Winter Light



The Silence


( Imagens daqui
e daqui )