segunda-feira, 4 de junho de 2007

Naïveté


Aposto que quem por aqui passa (é um prazer para mim que por cá passem...!) já está um bocado cansado(a) de ver o desenho do Einstein! Até eu estou! Bom...vou actualizar isto com umas reflexões naïfs... Resultantes de distúrbios do sono. Insónias, propriamente ditas.
O Einstein, que sempre achei um personagem interessante (há tantos, felizmente!), ficou célebre por causa da relatividade (além da Bomba H, é claro!). Ai, a relatividade, que ideia tão frutífera! Por exemplo, quando a gente pensa: é tudo tão relativo...que quer isto dizer ao certo? Eu diria que tem a ver com a questão do ponto de vista do observador. Mas isto, toda a gente o sabe... A mim, apetece-me especular. Talvez especular seja preciso.
O ponto de vista do observador, em física, significa que consoante o local onde nos encontremos, assim teremos a correspondente perspectiva dos fenómenos. A cada posição corresponde uma determinada visão. As posições alteram-se, quer no espaço, quer no tempo. Transpondo isto para os fenómenos de ordem psicológica, significa que cada um de nós, consoante uma série de coisas que não interessa enumerar aqui, agora, terá a sua própria perspectiva de tudo o que o rodeia, de si mesmo, dos factos,etc...
Postas as coisas nestes termos, o que se pode concluir do ponto de vista da teoria da relatividade é que é difícil as pessoas entenderem-se. Quer dizer, os pontos de vista tornam-se consensualmente impossíveis, uma vez que o espaço e o tempo onde cada um se situa não são os mesmos. Não só é fisicamente impossível duas pessoas ocuparem o mesmo espaço, como é realmente certo que cada um vive a passagem (será que passa mesmo?) do tempo de forma diferente. Acho que assim se explica a dificuldade de entendimento entre as pessoas. Em rigor, teríamos que estar "no lugar do outro" para elaborar exactamente a mesma perspectiva. O que é impossível, certo?
Enfim... especulações...
Mais uma, para "encerrar" a actualização.



Deitar a cabeça na almofada pode ser um momento interessante, mesmo que o sono não nos invada. É nessa hora que nos ocorre, lá do fundo das lembranças, essas, sim, adormecidas, antigos e sugestivos conselhos propiciadores do "sono dos justos". Que, às vezes, teima em não chegar. Uma possibilidade de contornar esta dificuldade é, realmente, a de seguir os conselhos das avós e começar a contar carneirinhos: um carneirinho...dois carneirinhos, três carneirinhos... e por aí fora.
Perseguindo teimosamente esta contagem, podendo ela não surtir o efeito desejado, pode dar-se o caso de se verificar que o sono não chega com este tipo de ajuda, apenas porque... já não há carneirinhos!!! Quer dizer, a partir de certa idade, é difícil adormecer a contar carneirinhos. Deve ser por isso que se vendem tantos fármacos para induzir o sono. Mas eu que sou teimosa, ando a ver se adormeço com carneirinhos. Estão um bocado esbatidos na minha memória, por isso, consegui esta imagem que reaviva os carneirinhos da minha infância. Acho que vou conseguir dormir melhor! A ver vamos...

(Imagens: "She could not sleep" de Emma Chichester Clark e "Carneirinhos" de autor desconhecido)